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sexta-feira, 20 de agosto de 2010


Reciclagem de garrafas PET pode movimentar R$ 200 milhões por ano
Mais de um mês após a liberação do uso do plástico reciclado de garrafas tipo PET (usadas em refrigerantes) para produção de embalagens de alimentos, nenhuma empresa obteve ainda a licença para trabalhar nesse mercado, que segundo o diretor do Centro de Estudos Socioambientais Pangea, Antonio Bunchast, tem potencial de crescimento para movimentar quase R$ 200 milhões ao ano.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET, aproximadamente 51% de todo esse material plástico é reciclado, deixando outras 184 milhões de toneladas produzidas por ano nos aterros e lixões.

Para Antonio Bunchast, a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permite o uso do PET reciclado para produzir embalagens de alimentos provavelmente irá aumentar a reciclagem desse material. “A probabilidade é que aumente a coleta do PET por parte dos catadores, já que vai haver um aumento da demanda desse produto”, explicou Bunchast.

Ele considera a medida “positiva do ponto de vista ambiental e positiva do ponto de vista da geração de trabalho e renda”. Porque não só “poupa recursos naturais, mas se torna um negócio viável para cooperativas de catadores de materiais recicláveis”.

Bunchast apontou ainda a importância da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê a co-responsabilização dos produtores dos materiais na coleta dos resíduos pós-consumo. Ele usou como exemplo o caso das embalagens Tetra Pak, utilizadas em leite longa vida, e os copos descartáveis, que não são reciclados devido aos altos custos para o reaproveitamento.

“Não se pode produzir Tetra Pak de uma maneira difusa, sem um planejamento de como se vai recuperar aquele resíduo na natureza depois”, ressaltou.

Uma das empresas que pretende reciclar plástico PET para embalar alimentos, a Bahia PET, já utiliza um sistema de reaproveitamento aprovado na Alemanha. O diretor industrial, Waltencir Teixeira, explicou que a técnica de reciclagem usada pela empresa começa com uma lavagem química do material, depois passa por um processo de fusão a 280º C, para então ser filtrado.

De acordo com o diretor, ao final do processo, o material está “tão descontaminado quanto o material virgem”. Uma garrafa PET de plástico reciclado custa cerca de 15% menos do que uma feita com outro tipo de matéria-prima.

Politereftalato de etileno, ou PET, é um polímero termoplástico, desenvolvido por dois químicos britânicos Whinfield e Dickson em 1941, formado pela reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol, originando um polímero, termoplástico. Utiliza-se principalmente na forma de fibras para tecelagem e de embalagens para bebidas.
Possui propriedades termoplásticas, isto é, pode ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.
As garrafas produzidas com este polímero só começaram a ser fabricadas na década de 70, após cuidadosa revisão dos aspectos de segurança e meio ambiente.
No começo dos anos 80, os Estados Unidos e o Canadá iniciaram a coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer enchimento de almofadas. Com a melhoria da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos, lâminas e garrafas para produtos não alimentícios.
Mais tarde na década de 90, o governo americano autorizou o uso destes material reciclado em embalagens de alimentos.

Reciclagem

Uma garrafa PET demora no meio ambiente cerca de 400 anos para se degradar.
Pode ser reciclado, pelo processo de termoreação, ou a quente, aonde a determinada temperatura, o polímero fica líquido, podendo então ser moldado, extrusado, comprimido ou em outra forma.
As garrafas produzidas com este polímero podem permanecer na natureza por até 800 anos.
No começo da década de 1980, os Estados Unidos e [[Canadá] iniciaram a coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer enchimento de almofadas.
Com a melhoria da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos, lâminas e garrafas para produtos não alimentícios.
Mais tarde na década de 1990, o governo norte americano autorizou o uso destes materiais reciclados em embalagens de alimentos.
A produção cresceu mais, a reciclagem não acompanhou a produção, gerando uma invasão de garrafas de todos os tamanhos e formatos, hoje a produção de pet avançou e é um dos maiores vilões do meio ambiente, poluindo matas, rios e córregos[3].

Contaminantes

Os principais contaminantes do PET reciclado são os adesivos plásticos A base ou ("base cup") - a famosa base de alguns refrigerantes de Polipropileno. A maioria dos processos de lavagens não impede que traços destes produtos indesejáveis permaneçam no floco de PET.
A cola age como catalisador de degradação hidrolítica quando o material é submetido à alta temperatura no processo de extrusão, além de escurecer e endurecer o reciclado. O mesmo pode ocorrer com o policloreto de vinilo (PVC), que compõe outros tipos de garrafas e não pode misturar-se com a sucata de PET, pois o PVC reage com o PET, transformando-o em outra substância.
O alumínio existente em algumas tampas só é tolerado com teor de até 50 partes por milhão no reciclado.

Selecção

A selecção e pré-processamento da sucata é muito importante para a garantia de qualidade do reciclado. A selecção pode ser feita pelo símbolo que identifica o material ou pela cor (cristal, âmbar ou verde). A separação pode seguir processos manuais ou mecânicos, como sensores ópticos.
No pré-processamento, após a prensagem, é preciso retirar os contaminantes, separando-os por diferença de densidade em fluxo de água (levigação) ou ar. Além do rótulo (polietileno de alta densidade), devem ser retirados da sucata os resíduos de refrigerantes e demais detritos, por meio de processos de lavagem.
Os diferentes tipos de garrafas também podem ser um problema na reciclagem. As garrafas que são usadas para envase de bebidas carbonatadas, precisam de um índice de viscosidade maior que o de uma garrafa de água, por exemplo. Dependendo da aplicação da resina reciclada, a mistura dos dois tipos de garrafas pode dar um efeito complicador no futuro processamento.

Vantagens da Reciclagem

  • Redução do volume de lixo nos aterros sanitários e melhoria nos processos de decomposição de matérias orgânicas nos mesmos. O PET acaba por prejudicar a decomposição pois impermeabiliza certas camadas de lixo, não deixando circularem gases e líquidos.
Embalagens plásticas depositadas em aterro sanitário.
  • Economia de petróleo pois o plástico é um derivado.
  • Economia de energia na produção de novo plástico.
  • Geração de renda e empregos.
  • Redução dos preços para produtos que têm como base materiais reciclados.
  • No caso do PET de 2 litros, a relação entre o peso da garrafa (cerca de 54g) e o conteúdo é uma das mais favoráveis entre os descartáveis. Por esse motivo torna-se rentável sua reciclagem.
  • O material não pode ser transformado em adubo. Plástico e derivados não podem ser usados como adubo, pois não há bactéria na natureza capaz de degradar rapidamente o plástico.
  • É altamente combustível, com valor de cerca de 20 Megajoules/quilo , e libera gases residuais como monóxido e dióxido de carbono, acetaldeído, benzoato de vinila e ácido benzóico. Esses gases podem ser usados na indústria química.
  • É muito difícil a sua degradação em aterros sanitários.

Produção de PET no Brasil para garrafas

Uma garrafa PET de refrigerante.
Em toneladas
  • 1994 - 80.000
  • 1995 - 120.000
  • 1996 - 150.000
  • 1997 - 185.700
  • 1998 - 223.600
  • 1999 - 244.800
  • 2000 - 255.100
  • 2001 - 270.000
  • 2002 - 300.000
  • 2003 - 330.000
  • 2004 - 360.000
  • 2005 - 374.000
  • 2006 - 402.000
  • 2007 - 407.000
  • 2008 - 469.700

Reciclagem de PET no Brasil

(fonte ABIPET)
ANO - RECICLAGEM pós-consumo|índice
  • 1994 - 13.000 ton | 18,80%
  • 1995 - 18.000 ton | 25,40%
  • 1996 - 22.000 ton | 21,00%
  • 1997 - 30.000 ton | 16,20%
  • 1998 - 40.000 ton | 17,90%
  • 1999 - 50.000 ton | 20,42%
  • 2000 - 67.000 ton | 26,27%
  • 2001 - 89.000 ton | 32,90%
  • 2002 - 105.000 ton | 35,00%
  • 2003 - 141.500 ton | 43,00%
  • 2004 - 167.000 ton | 47,00%
  • 2005 - 174.000 ton | 47,00%
  • 2006 - 194.000 ton | 51,30%